Arte que Renasce
Desde a infância, o fio me guiou, Com as mãos pequenas, o mundo costurou. Aprendi com o tempo, com o tato, com o chão, A dar nova vida ao que ia ao chão. Retalhos esquecidos viraram flor, Tecidos usados, ganham cor. Cada pedaço, uma história que brota, Cada criação, uma alma que se solta. Sustento o presente com o que o passado me deu, Transformo o velho no que ainda não nasceu. É no simples que vejo o essencial, No reaproveitar, encontro o real. Tenho sede de aprender, sou vento leve, O que é difícil, em mim se escreve. Mãos que criam com alma e verdade, Dão forma à arte com sensibilidade. No gesto singelo, no ponto bordado, Vai o cuidado, vai o legado. Dedicação que se vê, não se ensina, Pois vem do coração e caminha na linha. Sou prática, sou arte, sou flor que se refaz, Na beleza do manual, encontro minha paz. E assim vou costurando o que a vida me traz, Com amor, com talento e com muito mais.